sexta-feira, 11 de março de 2011

O Sal das Sílabas

III

O rio tem ainda o respirar das sombras da noite.
Cada olhar é uma asa debruçada sobre a alma,
um céu lavrado em sulcos de infinito
e tu, silêncio habitado pela aura das mãos,
já navegas o tempo entre o sono das águas,
um bote salgado cantando o seu nome
com letras desenhadas ao sabor do rio:
“Amor à Vida” – grita o Zé pescador
com os braços estendidos em forma de remos.

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